O Sacramento da Penitência

Seja bem vindo ao Blog “Catequese Litúrgica”.

Vamos continuar a série de posts para estudar cada Sacramento. Dando continuidade aos chamados Sacramentos da Iniciação Cristã, falaremos hoje da Penitência. Primeiramente procuraremos entender o que é esse sacramento, os diferentes nomes pelos quais ele também é conhecido, os requisitos para realizá-lo e outros assuntos pertinentes.

O QUE É O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA

O Sacramento da Penitência também é conhecido como Sacramento da Conversão e Sacramento da Confissão. Certamente esses diferentes nomes utilizados para esse sacramento deve-se ao fato de que nele realiza-se sacramentalmente o convite de Jesus para o caminho de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado. Chamado também de Confissão porque o penitente declara os seus pecados diante do Sacerdote que, em nome de Deus, concede o perdão que leva à paz.

Chama-se sacramento da Penitência porque consagra um esforço pessoal e eclesial de arrependimento e de satisfação do cristão pecador. É também chamado de sacramento da Reconciliação porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: “Reconciliai-vos com Deus” (2Cor 5,20).

Quem vive do amor misericordioso de Deus, está pronto a responder ao apelo do Senhor: “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão” (Mt. 5,24). É no sacramento do perdão que Deus reconhece nossas falhas, nossas limitações, mas reconhece também nossa boa vontade. “O caminho dos perversos é abominação ao SENHOR, mas ele ama aquele que segue a justiça” (Prov. 15,9).

O PRÓPRIO CRISTO INSTITUI ESTE SACRAMENTO

O próprio Cristo no dia da Ressurreição (Domingo de Páscoa) conferiu aos apóstolos o poder de perdoar os pecados: “Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e aqueles aos quais não perdoardes ser-lhes-ão retidos” (Jo. 20,21-23).

Na Confissão devemos contar todos os nossos pecados ao sacerdote para receber o perdão. pois com isso nos restituiu a vida na graça e nos dá novo vigor para não mais pecar. Sem o perdão de Jesus vivemos como filhos pródigos (Lc. 15,11-24). Na parábola do filho pródigo encontramos todos estes requisitos: fazer o exame de consciência, admitir o erro, ter o propósito de voltar para o Pai, confessar e admitir-se pecador diante do Pai e proferir a sua penitência. “Não sou mais digno de ser chamado seu filho”.

Igualmente, Santa Terezinha do Menino Jesus dizia: “Os nosso pecados por mais feios e numerosos que sejam, desaparecem diante da bondade de Deus, como uma gotinha de água no oceano imenso.” O Pai do céu nos ama tanto que nos quer sempre perto dele.

REQUISITOS PARA FAZER UMA BOA CONFISSÃO
  • Exame de Consciência: Rezar e pensar nos pecados cometidos.
  • Contrição ou arrependimento: Tristeza dos nossos erros e de nossa falta de amor a Deus.
  • Propósito: Evitar o pecado e servir a Deus com mais amor.
  • Confissão: Acusação clara e objetiva dos pecados ou falhas cometidas.
  • Penitência: dada pelo sacerdote para demonstrarmos nosso arrependimento e a firmeza de nosso propósito de não mais pecar e de reparar as falhas cometidas.
FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA

“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19)

“Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,23)

MATÉRIA, FORMA, SUJEITO E O MINISTRO DA PENITÊNCIA
  • Matéria: pecados mortais e veniais.
  • Forma: As palavras, “eu te absolvo em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo”, pois é por elas que o sacerdote absolve em nome de Cristo.
  • Sujeito: a pessoa batizada. Contudo, ela precisa já ter feito a Primeira Comunhão.
  • Ministro: o sacerdote (lembrar que os Bispos são igualmente Sacerdotes).
CONCLUSÃO

Conforme vocês já viram, hoje conversamos um pouco sobre o Sacramento da Penitência. Lembrando que meu objetivo é, sobretudo, auxiliá-los no entendimento desse importante e fundamental sacramento, que é uma demonstração inequívoca do amor de Deus para cada um de nós, a ponto de nos oferecer constantemente a possibilidade de nos reconciliar com Ele. Convido vocês a aprofundarem esse estudo, pois é importante darmos as razões de nossa fé, como nos disse São Pedro em sua Primeira Carta (3,15): “…como seguidores de Jesus Cristo, devemos nos esforçar para sempre estarmos prontos para compartilhar e defender nossas crenças com mansidão e reverência”.

Que o Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria sejam nossa força e proteção.

Amém.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima